quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Agora, de fora da bolha.

Com um assombroso medo mesclado entre lágrimas de angústia (por razão do imprevisível) e com um determinado olhar de esperança, colocou-se como soldado em posição de quem enfrentaria um enorme exército. Contudo a batalha se travou em sua mente, e sua fé heroicamente se sobressaía.

Seu credo envolveu aqueles que o acompanhavam. A determinação para alcançar a tão almejada vitória fez com que atravessasse as muralhas humanas e encontrasse uma trilha para seu santo graal. Olhares confusos, impressionados, piedosos, repressivos, bondosos, maquiavélicos acompanhavam seu pouso. Chegando ao muito pisado solo, viu-se num ambiente sobrecarregado. Muitos vivos, muitos mortos, muita expectativa.

Não sabia se permanecia deitado, sentado ou se tentava se levantar.

O que fazer? O que falar?

Nada precisou fazer, alguém que já se encontrava há algum tempo naquele local, em meio a compaixão e admiração caminhou até ele. Temor e alegria se apoderaram quando seus ouvidos se deleitaram na firmeza e no poder da frase:
"Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados." Palavras de Jesus, o Cristo.
Regozigo e murmurações iniciaram-se entre os que ali compunham o cenário. O coração daquele a quem foram direcionadas as palavras se encheu de paz. Seguidamente o Messias completou suas afirmações usando de toda autoridade dizendo:
"Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa.".

Eis que um paralítico veio a andar.

Visão romântica da cura de um paralítico em Mateus 9.

Nada a declarar. Muito a meditar.

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